quinta-feira, 30 de junho de 2011

GREVE QUE NÃO INCOMODA !!!!!

Dia de Luta em Defesa do nosso Piso Salarial

O Senador Aécio Neves não foi.
A Secretária de Estado de Planejamento e Gestão Renata Vilhena também não foi.
Mas a categoria compareceu à Audiência Pública da Comissão de Fiscalização que discutiria a dívida do Estado de Minas Gerais com a União.
Fomos lá discutir a dívida de Governo de Minas com a educação e com a categoria.
Mas o Presidente da Comissão, Deputado José Maia, achou que deveríamos ouvir a palestra sobre a dívida e não teve a "sensibilidade" (vou usar esta palavra, porque ao contrário do deputado, eu não tenho imunidade parlamentar e respondo por minhas palavras) de ouvir a categoria. Disse muita coisa que não vale a pena repetir aqui. Mas conquistamos o nosso objetivo. Aliás, conquistamos vários objetivos. O primeiro foi dar visibilidade à greve. Greve que não incomoda, não dá resultado. Incomodamos. A nossa presença possibilitou repercussão em alguns meios de comunicação da capital.
Conseguimos uma reunião com o Presidente da Assembleia Legislativa, Diniz Pinheiro. Participaram desta reunião todos da categoria que compareceram  à atividade e os deputados estaduais Bosco, Rogério Correia, Carlim Moura, Pompilio, Elismar Prado, Adelmo Carneiro Leão. Ele ouviu a direção do sindicato e vários colegas. Disse o que pensava e ao final conseguimos dois encaminhamentos: de acordo com ele e o Deputado Bosco, o governo apresentará uma proposta entre sexta-feira (01/07)e segunda-feira (04/07). O outro encaminhamento é a articulação, através da Assembleia Legislativa, de uma reunião com todas as categorias em greve: policiais civis, servidores do Ipsemg, trabalhadores da educação e da saúde com o Governo do Estado.
A nossa atividade foi assunto durante todo o dia na Assembleia Legislativa.
Os trabalhadores da saúde e do Ipsemg - que estão em greve - também realizaram atividades na Assembleia Legislativa durante todo o dia.
Quero fazer um agradecimento especial aos que, apesar do cansaço da viagem e das atividades do dia 28/06, se esforçaram e compareceram para este compromisso. São os trabalhadores em greve das cidades: Belo Horizonte, Contagem, Itabira, Ouro Branco, Sete Lagoas, Pompéu, São José da Lapa, Vespasiano, Riberão das Neves, Betim, Unaí, João Monlevade, Conselheiro Lafaete, Coronel Fabriciano, Divinópolis e Itaobim. Também os diretores estaduais do Sind-UTE de Almenara, Salinas, Capinópolis, Juiz de Fora, Nanuque, Uberlândia, Betim, Belo Horizonte, Contagem e Sete Lagoas. Os demais diretores assim como as caravanas que foram embora na noite do dia 28 foram cumprir a importante tarefa de manutenção da greve em suas cidades e regiões.
Sem a presença e perseverança de vocês, o dia de hoje na Assembleia Legislativa não teria acontecido.
Quero agradecer também aos funcionários do nosso sindicato. Neste período de greve o trabalho triplica, a tensão é muito grande, mas sempre podemos contar com eles, independente de horário.
BEATRIZ CERQUEIRA
Coordenadora Estadual do SIND-UTE

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Presidente da ALMG recebe servidores da educação e da saúde


Representantes dos servidores estaduais das áreas da educação, saúde e previdência solicitaram, nesta quarta-feira (29/6/11), a intervenção do presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), na negociação de reivindicações sindicais com o Poder Executivo.
De acordo com os representantes das duas categorias, o Governo do Estado vem resistindo a abrir negociações efetivas. Dinis Pinheiro disse que os presidentes das Comissões de Educação, Ciência e Tecnologia, deputado Bosco (PTdoB); e da Saúde, deputado Carlos Mosconi (PSDB); já estão conversando com representantes do Executivo tanto sobre o andamento das negociações quanto sobre propostas efetivas.
O presidente da ALMG garantiu que somará esforços pessoais para que se estabeleça o mais pleno diálogo entre servidores e o Governo. "Tenho o dever de dar minha contribuição para que o diálogo seja permanente. A greve não é boa para ninguém", afirmou Dinis Pinheiro. Ele ressalvou, no entanto, que só poderia atuar dentro de seus limites, uma vez que não cabe ao Poder Legislativo autorizar o atendimento de qualquer reinvindicação.
Educação - Com relação aos servidores da educação, que estão em greve desde o dia 8 de junho, o deputado Bosco informou aos servidores que uma proposta concreta já está em estudo pelo Executivo e que será submetida à aprovação do governador Antonio Anastasia nesta sexta-feira, quando ele retorna de viagem.
O estudo, segundo ele, foi feito pelas Secretarias de Estado de Educação e de Planejamento e Gestão. Os detalhes da proposta não foram revelados pelo Executivo. A partir do exame feito pelo governador, na sexta, seria marcada uma reunião com os servidores.
Saúde - O presidente da Assembleia informou também que o deputado Carlos Mosconi já está negociando com o Executivo o agendamento de um encontro com os representantes sindicais da saúde e do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg). O presidente também alertou para a necessidade de uma melhor distribuição de recursos entre os entes federados, de forma a garantir aos Estados e municípios condições de atender as reivindicações de seus servidores.
Reivindicações - De acordo com a coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação (Sindi-UTE), Beatriz Cerqueira, a principal reivindicação da categoria é o reajuste do vencimento básico dos servidores do setor. Eles questionam a adoção do subsídio único como forma de remuneração dos servidores. "Não vamos começar o segundo semestre sem a negociação de um piso salarial. Há uma lei federal que diz que piso é vencimento básico inicial de carreira", afirmou Beatriz. Ela se queixou que a Secretaria de Educação só admitiu negociação se a greve fosse encerrada.
A presidente do Sindicato dos Servidores do Ipsemg (Sisipsemg), Antonieta de Cássia, disse que os servidores do órgão ainda nem foram reposicionados no plano de carreira aprovado na Assembleia. Eles estão em greve desde o dia 27. "Tínhamos 8 mil funcionários, hoje são 4 mil", afirmou.
O dirigente do Sindisaúde, Renato Barros, informou que trabalhadores da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) e da Fundação Ezequiel Dias (Funed) já estão em greve e que a Fundação Hemominas e a Unimontes estão para paralisar suas atividades.
Trabalhadores da educação e saúde também apresentaram queixas específicas com relação à falta de condições de trabalho. Diretora do Sindisaúde, Neusa Freitas disse que servidores e pacientes do Hospital Júlia Kubitschek sofrem desde 2007 com comida contaminada, que seria fornecida pela empresa contratada pelo Estado. A servente Maria Helena Duarte se queixou das inundações que atingem a Escola Estadual Dr. Arthur Bernardes, em Sete Lagoas; e o professor Welshman afirmou que a Escola Estadual do povoado de Lagoa de Baixo, em Rubelita, não conta nem mesmo com água potável.
Além de Dinis Pinheiro e Bosco, participaram da reunião com os servidores os deputados Rogério Correia (PT), Pompílio Canavez (PT), Elismar Prado (PT), Carlin Moura (PCdoB), Antônio Júlio (PMDB), Paulo Lamac (PT) e Duarte Bechir (PMN).
 



 

terça-feira, 28 de junho de 2011

Greve da educação continua por tempo indeterminado
 
Em assembleia estadual realizada nesta quinta-feira (28/06), no Pátio da ALMG, em Belo Horizonte, sob coordenação do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) e do Comando de Greve, cerca de 6 mil trabalhadores/as em educação aprovaram a continuidade da greve por tempo indeterminado, depois fizeram um abraço simbólico aos prédios da ALMG e do Ministério Público. “Essas atividades são para lembrar as esses poderes que eles precisam se manifestar e cobrar do governo o cumprimento da Lei do Piso Salarial Nacional”, afirmou a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira.
No próximo dia 06/07, na Cidade Administrativa, os trabalhadores/as em educação fazem nova assembleia estadual. Na oportunidade vão se juntar aos servidores da saúde, que também estão em greve por tempo indeterminado.
A categoria também aprovou um calendário de atividades para fortalecer o movimento que prevê, entre outras atividades:
29/06 9:30 – presença na audiência pública a ser realizada na ALMG para discutir a dívida de Minas para com a União. Na oportunidade, o Sind-UTE/MG propõe a discussão da dívida do Governo de Minas para com os trabalhadores em Educação..
até o dia 05/07 – Atividades em todas as regiões do Estado com mobilizações e panfletagens, visando agregar novas adesões ao movimento.
06/07 – Assembleia Estadual, na Cidade Administrativa – Ato Unificado com os servidores da saúde. Neste dia também acontecerá o lançamento da Jornada Nacional pelo Piso (carreira e PNE), promovida pela CNTE e CUT. Será uma data marcada por mobilizações e paralisação em todo o país.
Reivindicação - Os/as trabalhadores/as em educação cobram do Governo do Estado o cumprimento da lei federal 11.738/08, que regulamenta o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), que hoje é de R$ 1597,87, para 24 horas semanais, nível médio escolaridade. O Governo de Minas Gerais paga atualmente o piso de R$ 369,00. Segundo a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, a sociedade precisa saber que o Governo não cumpre a lei federal do Piso, por isso deixa de investir na Educação, que é um serviço essencial para o desenvolvimento humano.
A greve - Os trabalhadores em Educação estão em greve por tempo indeterminado desde o dia 8/6. A ação acontece em resposta ao Governo que, além de não pagar um salário justo, proporciona condições ruins de trabalho. “O Estado investiu apenas 14% em Educação no primeiro trimestre e em 2010 os recursos disponibilizados ao setor foram de 20%, dos 25% que o Governo é obrigado a investir. Infelizmente é com essa precariedade de insumos que convivemos em Minas Gerais”, afirma Beatriz Cerqueira.